ARQUITETURA

COORDENADOR

HUGO FARIAS

LINHAS DE INVESTIGAÇÃO


ARQUITETURA

A designação de Arquitetura incide, neste contexto, na edificação propriamente dita desde a sua génese projetual, às ideias e sistemas funcionais, à organização espacial, composição, linguagem e tectónica. Naturalmente incide também no campo projetual, sobre a poética do espaço, do jogo da luz e da sombra e sobre o sentido da ordem. Neste domínio está especialmente incluída a habitação e a investigação sobre os novos paradigmas do habitar.

ARQUITETURA DA CIDADE E DO LUGAR

A Arquitetura da Cidade corresponde à temática do desenho urbano, aos espaços públicos, à tipologia edificatória, ao traçado e, em especial, à estrutura e forma urbana; aquilo que Aldo Rossi denominou de “o discurso dos factos urbanos” e onde se inclui o ‘projeto urbano’ de Philippe Panerai, abrangendo os vários domínios do Urbanismo. A Arquitetura do Lugar incide em duas temáticas: o ‘sentido do lugar’ numa perspetiva semiótica, tendo como referência o “genius loci” e a “arte do lugar” de Norberg-Schulz, e o ‘jardim’ enquanto manifestação cultural.

TECNOLOGIAS E SISTEMAS CONSTRUTIVOS

Correspondem a todas as matérias inerentes à materialização do edificado. Em particular, a investigação centrar-se-á preferencialmente nas tecnologias não convencionais, dando resposta aos novos paradigmas do século XXI, nomeadamente abordando novos materiais que irão promover a investigação de novos sistemas construtivos. A investigação direciona-se sobretudo para dois aspetos preferenciais: a reabilitação em meios urbanos consolidados, e para o crescimento habitacional em países emergentes. A primeira relaciona-se com a reabilitação urbana, requalificação e conservação, e a segunda com o problema da construção de habitação nova a custos reduzidos.

ARQUITETURAS EFÊMERAS E CENOGRAFIA

O século XXI tem-se pautado pela proliferação de eventos que necessitam de uma resposta a nível arquitectónico. A especificidade destas matérias tem aberto oportunidades de estudo, em parte já sedimentados, correspondentes a um campo de investigação próprio e muito singular na área das construções efémeras, que integram a arquitetura. A Cenografia corresponde a um âmbito alargado de investigação que, tendo como génese o teatro, que se alargou à televisão e ao cinema – entre outros, e que justifica a licenciatura autónoma oferecida pela Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa.

CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DO PATRIMÓNIO

Corresponde a dois níveis de abordagem: a Conservação centra-se na investigação dos métodos e técnicas, enquanto a Reabilitação assume um carácter mais genérico e normativo. A conservação será indissociável das técnicas construtivas, interceptando o domínio das tecnologias.

REPRESENTAÇÃO E CONCEÇÃO

Representação e concepção, abarca uma área vasta de assuntos referidos às práticas projetuais, que, pela sua especificidade não estão devidamente incluídas nas outras linhas de investigação. A visualização e representação são práticas de características próprias, remetendo-se quer para a atividade lógico-dedutiva da mente, quer mobilizando áreas mais indutivas e sensíveis – conforme o que é representado ou dado a visualizar – e que estabelecem um tipo de comunicação visual e não verbal, própria do pensamento e da concepção projetual.

Assim, nesta linha de investigação iremos encontrar toda a investigação que refere à visualização e representação em projeto, entendida de um modo alargado, desde o Desenho à Computação, passando por todos os processos geométricos de pensamento, quer ao estudo dos processo cognitivos e artísticos que desencadeiam tais fenómenos comunicativos. Incluem-se aqui, ainda, a teorização e historiografia de tudo o que seja a Representação e a Concepção referida estas áreas do conhecimento.